sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Consultas de Homeopatia

A homeopatia 
Utilizando remédios naturais para aumentar a capacidade curativa do próprio organismo, a homeopatia visa tratá-lo na sua globalidade. A doença é encarada como um sinal de desarmonia ou desequilíbrio interior, pelo que os homeopatas procuram resolver os problemas subjacentes em vez de se restringirem aos sintomas específicos.

Para tanto, utilizam remédios homeopáticos especiais, formas altamente diluídas de substâncias naturais que, numa dose potente, acabariam por provocar realmente os sintomas da doença numa pessoa sã. Pensa-se que isto é benéfico, já que os sintomas são considerados meios de o corpo combater a doença.


Segundo os homeopatas, quando melhor um remédio imitar os sintomas do doente, tanto melhor promoverá a cura, e quanto mais diluída for a dose, tanto maior seja o efeito, pois os remédios são preparados por um processo especial que, segundo afirmam os homeopatas, os reforça de cada vez que são diluídos.


Cada remédio é cuidadosamente testado em voluntários que tomam misturas muito diluídas durante um ano no máximo e registam todos os seus sintomas em pormenor. Isto inclui impressões subjectivas sobre os hábitos de dormir e comer, disposição e relacionamento, visto que os homeopatas acreditam que o corpo funciona como um todo.


Uma vez testado e comprovado, o remédio pode ser receitado a doentes, que recebem geralmente apenas uma dose de alta potência. Os remédio raramente provocam quaisquer efeitos que não sejam os sintomas já existentes, embora estes possam, por vezes piorar a princípio – o que se designa por “crise da cura” -, mais esta geralmente não dura muito tempo e é considerada um prenúncio da melhoria.


Os homeopatas prestam muita atenção aos sintomas que têm máximo efeito na capacidade geral de o doente actuar – em especial os sintomas mentais ou emocionais. Os distúrbios do coração, por exemplo, são considerados mais importantes que as doenças da pele.


A gravidade dos sintomas dentro de cada sistema corporal é graduada por ordem de importância, mas os sintomas pouco comuns têm um maior significado. Deste modo, o estado mental e emocional de um indivíduo, problemas gerais como a insónia e quaisquer outros sintomas estranhos podem atrair mais atenção do que um sintoma como uma erupção cutânea, embora esta tenha sido a causa original da queixa do doente.

Ao contrário da medicina convencional, a homeopatia acentua a singularidade do indivíduo e defende que a constituição individual determina as doenças que cada um é mais susceptível de contrair e quais os sintomas com mais probabilidades de ocorrerem. Os remédios homeopáticos têm de ser adequados tanto aos sintomas como ao indivíduo. Assim, o mesmo sintoma – uma constipação por exemplo – pode ser tratado de modo diferente se o doente for uma pessoa jovial, aberta e obesa ou um indivíduo magro, nervoso e com poucos amigos. Reciprocamente, o mesmo remédio pode ser utilizado para sintomas diferentes em pessoas diferentes.

Princípios da prática homeopática

Além da visão holística impressa em toda a obra de Hahnemann, ou seja, a visão do todo sobre as partes, há quatro princípios que orientam a prática homeopática, quais sejam:
  • Lei dos Semelhantes. Resultado de suas releituras dos Clássicos e, sobretudo, de suas próprias experiências, anuncia esta Lei universal da cura: similia similibus curantur. Exemplificando, um medicamento capaz de provocar, em uma pessoa sadia, angústia existencial que melhora após diarréia e febre, curará uma pessoa cuja doença natural apresente essas características.
  • Experimentação na pessoa sadia. A fim de conhecerem as potencialidades terapêuticas dos medicamentos, os homeopatas realizam provas, chamadas patogenesias; em geral são eles mesmos os experimentadores. Tipicamente não se fazem experiências com animais. Uma condição básica para a escolha dos provandos é que sejam saudáveis. Esses medicamentos são capazes de alterar o estado de saúde da pessoa saudável e justamente o que se busca é os efeitos puros dessas substâncias. Isso serve até mesmo como alerta aos que pensam que medicamento homeopático é isento de efeitos indesejados quando tomado sem indicação de um bom especialista. Não o é! E pode, inclusive, ser mais deletério que medicamentos alopáticos, por sua maior capacidade de penetração.
  • Doses infinitesimais. A preparação homeopática dos medicamentos segue uma técnica própria que consiste em diluições infinitesimais seguidas de sucussões rítmicas. Essa técnica “desperta” as propriedades latentes da substância. Toma-se o cuidado de prescrever a menor dose possível, porquanto o poder do medicamento homeopaticamente preparado é grande e há pessoas sensíveis a ele.
  • Medicamento único. A homeopatia é uma ciência muito criteriosa em sua prática. Primeiro o homeopata avalia se a natureza individual está a “pedir” intervenção com medicamento, pois esse é um dos meios que o médico tem para auxiliar a pessoa e não o único. Sendo o caso, usa-se um medicamento por vez, levando-se em conta a totalidade sintomática do paciente. Só assim é possível ver seus efeitos, a resposta terapêutica e avaliar sua eficiência ou não. Após a primeira prescrição é que se pode fazer a leitura prognóstica, ver se é necessário repetir a dose, modificar o medicamento ou aguardar a evolução.

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